quinta-feira, 8 de março de 2018

Curso de Envelhecimento Ativo


CONTRATO DE APRENDIZAGEM
CLASSE VIRTUAL – UNIVERSIDADE ABERTA
CURSO DE ENVELHECIMENTO ATIVO

  1. Contrato de Aprendizagem
Ano Letivo: 2018/19
Formador: Sandro Jorge

  1. Expetativas e Objetivos
Mantendo contacto com as pessoas idosas, facilmente podemos constatar que existem formas distintas de envelhecer. Ora, um envelhecimento “bem sucedido” ou “ativo” não dependerá somente de fatores como a sorte ou do nosso património genético herdado. Depende no essencial de cada um de nós, em função das nossas escolhas, ações e responsabilidades individuais.
A saúde, mas também os nossos comportamentos, as amizades e os contextos de vida, as condições socioeconómicas e o ambiente onde nos inserimos, determinam os nossos percursos individuais, havendo um balanço constante entre os fatores da pessoa e do meio, guiados por significados, representações e valores.
É neste sentido, de exploração ao conceito – Envelhecimento Ativo – com aplicabilidade prática no quotidiano, que pretendemos contribuir para a melhoria da cada qualidade de vida de cada formando/a.
Os objetivos deste Curso de Envelhecimento Ativo, consistem em:
  • Proporcionar aquisição de novos saberes nos domínios social e da saúde;
  • Contribuir para o reajustamento e/ou (re)definição dos percursos de vida dos seniores;
  • Promover a continuação de um envelhecimento ativo e positivo;
  • Proporcionar um espaço sociocultural digital aberto, interativo e colaborativo com o confronto de ideias integradas em classes virtuais.

  1. Competências a adquirir
Pretende-se que no final desta ação o/a formando/a adquira:
  • O desenvolvimento de competências analíticas e de reflexão crítica sobre situações concretas do Envelhecimento Ativo;
  • O desenvolvimento de capacidades para a realização de atividades práticas, de forma autónoma e assertiva no domínio do Envelhecimento Ativo.
  1. Conteúdos
Módulo 1: Exercite o seu corpo
Módulo 2: Coma bem
Módulo 3: Refine a sua mente
Módulo 4: Melhore seu bem-estar

  1. Metodologia de trabalho online
A metodologia de trabalho sofre algumas variações, em cada um dos módulos, contudo existem aspetos comuns que salientamos:
  • períodos de estudo e de reflexão individual em textos ou outros materiais;
  • períodos de trabalho em pequenos grupos que permitam desenvolver aprendizagens colaborativas sob o título de “desafios”;
  • elaboração conjunta de uma e-atividade prática aplicável a pequenos grupos de familiares/amigos, requerendo análise crítica aos conteúdos formativos disponibilizados.

  1. Recursos
Parte significativa dos conteúdos formativos serão disponibilizados aos formandos através dos 4 Módulos. Contudo, é provável que durante o decurso da Ação de Formação venham a ser sugeridos outros trabalhos/conteúdos de interesse cuja consulta e seu uso ficará ao critério dos formandos. Incentiva-se vivamente a pesquisa autónoma de cada formando/a.

  1. Ambiente
As atividades de ensino-aprendizagem desta Ação de Formação decorrem na plataforma de eLearning da Universidade Aberta e em softwares típicos da Web 2.0.
Todas as informações e e-atividades relativas a esta Ação serão disponibilizadas em ambiente de classe virtual. É privilegiada a comunicação assíncrona, com relevo para o fórum de discussão. Tendo em conta as leituras, o acesso à plataforma, o download de ficheiros, eventuais pesquisas, a elaboração de reflexões individuais e a participação nos trabalhos de grupo ou nas discussões gerais, aconselha-se que cada formando/a programe semanalmente o seu trabalho.
Recomenda-se a frequência diária deste módulo.



  1. Sequência
Sequência das atividades de aprendizagem

Módulo 1: Exercite o seu corpo
Decorre entre 02 e 08 de abril

Metodologia de trabalho:
Os formandos deverão ser organizados em grupos. A partir desse momento serão constituídos fóruns de trabalho para cada grupo, o qual deverá ser acompanhado pelo formador.
Na primeira semana serão disponibilizados diversos materiais relativos à temática do Exercício Físico, o qual deverá proceder-se a uma leitura criteriosa, análise crítica, debate e discussão em cada grupo.
A segunda semana ficará destinada à realização do trabalho de grupo, onde deve constar a apresentação de um plano de exercício físico programado com a duração de 30 minutos.
Temas:
Os temas do trabalho neste módulo centram-se nos benefícios da atividade física, riscos da inatividade física e atividades recomendadas.
Módulo 2: Coma bem
Decorre entre 09 e 15 de abril

Metodologia de trabalho:
Os formandos deverão ser organizados em grupos. A partir desse momento serão constituídos fóruns de trabalho para cada grupo, o qual deverá ser acompanhado pelo formador.
Na primeira semana serão disponibilizados diversos materiais relativos à temática da Alimentação, o qual deverá proceder-se a uma leitura criteriosa, análise crítica, debate e discussão em cada grupo.
A segunda semana ficará destinada à realização do trabalho de grupo, onde deve constar a apresentação de uma ementa semanal com alimentação saudável.
Temas:
Os temas do trabalho neste módulo centram-se na importância do comer bem, a uma dieta adaptada e aos planos de mudança.

Módulo 3: Refine a sua mente
Decorre entre 16 e 22 de abril

Metodologia de trabalho:
Os formandos deverão ser organizados em grupos. A partir desse momento serão constituídos fóruns de trabalho para cada grupo, o qual deverá ser acompanhado pelo formador.
Na primeira semana serão disponibilizados diversos materiais relativos à temática do funcionamento cognitivo, o qual deverá proceder-se a uma leitura criteriosa, análise crítica, debate e discussão em cada grupo.
A segunda semana ficará destinada à realização do trabalho de grupo, onde deve constar a apresentação de uma atividade de estimulação cognitiva.
Temas:
Os temas do trabalho neste módulo centram-se nos fatores que influenciam o funcionamento cognitivo, como manter a mente ativa, exercícios de estimulação cognitiva e estratégias de memorização.

Módulo 4: Melhore seu bem-estar
Decorre entre 23 e 29 de abril

Metodologia de trabalho:
Os formandos deverão ser organizados em grupos. A partir desse momento serão constituídos fóruns de trabalho para cada grupo, o qual deverá ser acompanhado pelo formador.
Na primeira semana serão disponibilizados diversos materiais relativos à temática do funcionamento cognitivo, o qual deverá proceder-se a uma leitura criteriosa, análise crítica, debate e discussão em cada grupo.
A segunda semana ficará destinada à realização do trabalho de grupo, onde deve constar a apresentação de um plano com atividades de lazer, seja ele promotor de bem-estar físico, mental ou social.
Temas:
Os temas do trabalho neste módulo centram-se na demonstração de estratégias que podem otimizar o bem-estar (lazer e relaxamento), orientação para a adoção de uma atitude proativa na vida.

  1. Avaliação
Avaliação das aprendizagens
A avaliação assume o regime de avaliação contínua decorrente dos contributos individuais expressos nos fóruns. Serão avaliados, igualmente, a pertinência dos contributos nos trabalhos de grupo.
Assim, para concluir a ação de formação com aproveitamento, o/a formando, terá que:
  • Participar nas discussões realizadas nos diferentes fóruns: 40% (8 valores);
  • Participar na elaboração dos trabalhos de grupo: 60% (12 valores).


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Um olhar sobre Educação a Distância


Perspetivando a construção do e-portfólio compilatório centrado no tema – Educação a Distância (EaD) – decorrente das leituras das referências disponíveis, pesquisas efetuadas e das considerações evidenciadas neste bloco formativo, reforça-se a ideia que estamos perante uma ecologia educativa emergente, em fase de maturação nuns casos e de consolidação noutros e, onde prevalece uma certa polissemia quanto à sua conceção teórico-metodológica.
No essencial, pese embora a evolução assistida entre as várias gerações de EaD, será consensual reconhecer-se a co-existência de um conjunto de caraterísticas fundamentais, a saber: a sua flexibilidade espaço-temporal quanto às suas aprendizagens, a autonomia e a mediação tecnológica.
Neste contexto, importa acautelar a distinção entre e-Learning e educação aberta em rede, que na ausência de um conceito universal de e-Learning, e no amplo espectro de abordagens, culturas, contextos e práticas que a mesma se aplica, podemos socorrer-mo-nos da definição de Sangrá et al. (2011) citada e traduzida em Aires (2016 p. 256), como sendo uma modalidade de ensino e aprendizagens que pode representar o todo ou uma parte do modelo educativo em que se aplica, que explora os meios e dispositivos eletrónicos para facilitar o acesso, a evolução e a melhoria da qualidade da educação e formação.
Neste sentido, rejeita-se liminarmente a ideia, que o e-Learning assuma o papel de Educação a Distância (EaD), pois não será pelo facto de disponibilizar-se o acesso a websites lúdico-pedagógicos, documentos de suporte, entre outros, seja EaD, por este último comportar uma organização, metodologia, referenciais normativo-científicos e mediação, conforme bem preconiza Gonçalves (… p. 4) e-Learning é uma forma de EaD, mas EaD não será necessariamente e-Learning, por este último ser mais circunscrito.
Por seu turno, entende-se por educação aberta em rede, seja ela através das redes formais e informais de aprendizagem social e colaborativa, que está amplamente facilitada pelo acesso às tecnologias digitais e, seguindo o entendimento de Dias (2013), o valor nas novas acessibilidades de acesso à educação aberta, reside, precisamente, no desenvolvimento das capacidades para a reflexão e a construção do pensamento colaborativo, ao qual acrescentaríamos, e transpostas numa praxis de aquisição conjunta de aprendizagens e conhecimento.
Portanto, este paradigma pressupõe uma maior pro-atividade dos indivíduos, em contra-ponto com os ambientes formais, caraterizados estes, salvo raras exceções, por um modelo sobretudo centrado no professor e não propriamente no aluno.
Conforme cita a Sara Trindade e, numa alusão assertiva a Dias (2008), a educação aberta em rede não se pode restringir a um mero repositório de conteúdos (abertos e disponíveis online). Este tipo de educação deve constituir-se num sistema de organização ativa da informação, viva e dinâmica, enquanto produz conhecimento, aplica ou resolve os problemas que forem sendo apresentados pela comunidade.
Para o desenvolvimento e assunção clara da Educação a Distância (EaD), esta exige que para a existência do diálogo bidirecional (professor-aluno) seja efetivamente alcançado, será necessário que a estrutura dos currículos educativos inclua a flexibilidade em relação às formas do processo ensino-aprendizagem, para que conjuntamente, professor e aluno, decidam o que estudar e quais os caminhos a seguir, o que implica um sistema educacional/vocacional, focalizando o aprendente como um construtor do seu próprio conhecimento gradativo.
Assim, a boa prática de EaD deverá estabelecer estratégias que privilegiem a manutenção do diálogo, na perspetiva de se atingir com maior facilidade a autonomia do aluno com capacidade de tomar decisões a respeito de seu próprio percurso de aprendizagem, induzindo ao mesmo tempo, como refere e bem a Lara Caeiro, a dimensão da reflexividade, que incentiva à liberdade de pensamento crítico, centrado numa atitude dinâmica, de autodisciplina que pressupõe um processo de investigação, reflexão, opinião e comparação.
Em suma, as atuais ferramentas digitais constituem um potencial imprescindível para a consolidação da EaD, por permitirem a exploração de múltiplos campos abertos, com acessos multiformes, possibilitando por essa via, o empreendimento de novas práticas pedagógicas, centradas numa abordagem construtivista, tendo como finalidade um bem sucedido processo de aprendizagem e do próprio desenvolvimento humano.

Referências:
  • Aires, L. (2016). e-Learning, Educação Online e Educação Aberta: Contributos para uma reflexão teórica. CEMRI. Universidade Aberta.
  • Dias, P. (2013). Inovação pedagógica para a sustentabilidade da educação aberta e em rede. Universidade Aberta.
  • Gonçalves, V. (…). e-Learning: Reflexões sobre cenários de aplicação. Escola Superior de Educação, Instituto Politécnico de Bragança.